quarta-feira, 8 de abril de 2015

Batalha dos Atoleiros 1384

No dia 6 de abril de 1384, na herdade de Atoleiros, um exército castelhano com mais de 1000 cavaleiros, acompanhados por bastante infantaria, atacou uma força portuguesa de apenas 300 cavaleiros, 100 besteiros e pouco mais de 1000 peões. A inferioridade numérica dos Portugueses e a menor qualidade do seu equipamento faziam prever uma vitória fácil da experiente hoste castelhana.


Perante isto, Nuno Álvares Pereira adoptou uma tática defensiva e ordenou aos seus homens montados que lutassem a pé, lado a lado com os lanceiros, os besteiros e os fundibulários, todos dispostos a vencer ou a morrer. A escolha do campo de batalha, ligeiramente inclinado e com linhas de água, também ajudaria a sua hoste.

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Os cavaleiros castelhanos carregaram em força, mas viram-se embaraçados pela ribeira das Águas Belas e tiveram de conter o ímpeto, colina acima, até chegarem ao contacto com a vanguarda portuguesa. Tornaram-se assim um alvo fácil para as bestas, para as fundas e para os dardos arremessados pelos homens de Nuno Álvares.


Os cavaleiros castelhanos que alcançaram a vanguarda adversária embateram então numa forte parede de escudos e de lanças erguidas à altura dos peitos das montadas. Sucederam-se as cargas fracassadas e as baixas, generalizou-se o pânico e deu-se a fuga dos homens de armas castelhanos.
Esta vitória improvável deu ao partido do Mestre de Avis um enorme ânimo na luta contra o rei de Castela, durante a Crise de 1383-1385. Nuno Álvares Pereira tinha provado que a vitória castelhana não era inevitável. Dezasseis meses mais tarde, em Aljubarrota, o Condestável aplicaria uma tática semelhante e com igual sucesso. 

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